quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Remanescentes da Cultura Hippie

Artesãos no centro de Belo Horizonte levam a vida sem rotinas

Localizada no centro de Belo Horizonte, a Praça Sete, é um dos pontos de encontro, dos remanescentes dos hippies na capital mineira. Cabelos, grandes, roupas mal acabadas, barbas, e diversas peças de artesanato para vender fazem parte dos acessórios dos hippies, ou melhor, artesãos atuais.

Chamar um destes artesãos de hippie é entrar em conflito com os integrantes da tribo. Para um deles, que não quis se identificar, porque não acredita em trabalhos acadêmicos e nas suas repercussões em benefício dos colegas, ser chamado de hippie é uma forma de “tiração”: “Somos artesãos. Não existe a cultura hippie, a galera rotula tudo”.

Viajando de um lugar a outro, seja a pé, de carro, de carona ou até mesmo de avião, jovens de várias idades resolvem sair dos moldes conservadores da sociedade, deixar a família, emprego e até filhos para se juntar a uma cultura que envolve os princípios básicos de conhecer o Brasil e propagar a arte e a cultura do país. “Eu tenho esposa e dois filhos que moram em Maceió e escolhi essa vida” disse Luiz Rodrigo de 32 anos. Já para o artesão Leonardo Fonseca de 25 anos, a rotina do grupo é viajar e não ter rotina.

Para conseguir dinheiro os artesãos vendem brincos, pulseirinhas de pano, colares, entre outros. Os valores arrecadados são diferentes de acordo com o dia. “Tem dia que eu ganho R$ 100, no outro não ganho nada, e assim a gente vai vivendo” relatou um dos integrantes que não quis se identificar. Para conseguir se sustentar, eles passam noites na casa de um conhecido ou onde conseguirem um espaço.

Anne Paiva
Imagem:Google

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